Bentley em evolução


Teste: Bentley em evolução
Segunda geração do Bentley Continental GT acelera para chegar ao luxo extremo

O Bentley Continental GT é um carro completo. Oferece luxo, esportividade, conforto e segurança na medida certa. Sua seleta gama de clientes inclui de milionários árabes a “popstars”. Até mesmo James Bond, o espião mais famoso dos cinemas, trocou seu Aston Martin DBS pelo Continental GT em seus mais novo livro “Carte Blanche”, do autor Jeffery Deaver. Deve virar um filme, que em breve vai mitificar ainda mais o luxuoso cupê inglês.
O fato é que, com apenas oito anos de comercialização, o Continental GT já se tornou um dos modelos mais emblemáticos da história da Bentley. Por isso não é de se estranhar que a marca inglesa tenha apostado alto na evolução da segunda geração do modelo, que foi apresentada ao mundo no Salão de Paris do ano passado. Sem abrir mão, no entanto, dos principais traços característicos do luxuoso cupê, como o design e o desempenho.

A fidelidade com o desenho original do Continental GT nesta segunda geração é enorme. Tanto que se forem colocados lado a lado a primeira e a segunda geração, é difícil destinguir qual é o modelo novo. Porém, redobrando a atenção, é possível notar algumas linhas mais “apuradas” na versão atual. Estão lá grade dianteira mais vertical, ponteiras de escape elípticas, faróis duplos com luzes diurnas em leds e ainda uma tampa do porta-malas nitidamente inspirada no novo Bentley Mulsanne. Apesar de quase imperceptíveis, as atualizações estéticas têm uma função aerodinâmica. Elas baixaram o cx para de 0,35 para 0,33.




No interior, esta segunda geração também traz poucas novidades. O que é muito bom, já que a qualidade, o requinte e os materiais nobres seguem como a característica do habitáculo. Entre as mudanças, o destaque vai para os novos bancos mais finos, que permitiram um ganho de 46 mm para os dois passageiros que viajam atrás – o Continental GT é um cupê 2+2. Além disso, esta nova versão passa a contar com um sistema chamado Infotainment integrado ao sistema de multimídia. Este traz grafismos modernos e acesso direto ao Google Maps.

Mecanicamente, o Continental GT segue equipado com o mesmo motor. O que não significa que não existam melhorias. O bloco W12 de 5.998 cc passa a oferecer 575 cv nesta versão, ou seja, 15 cv a mais que na primeira geração. O torque também aumentou e agora chega a impressionantes 71,3 kgfm. Já a caixa automática de seis velocidades Quickshift, de origem ZF, promete mudanças de marcha 50% mais rápidas – realizadas em 200 milésimos de segundo.

A tração integral também foi alvo de melhorias pelos engenheiros da Bentley. A repartição de força entre os eixos agora é de 40% para o eixo dianteiro e 60% para o traseiro, contra os 50% para cada da primeira geração. Além disso, a suspensão deste novo Continental GT foi recalibrada para garantir ainda mais conforto aos passageiros. Como um comprador deste carro também dá muito valor à aparência, as rodas de série do modelo são de 20 polegadas. Ainda há opção de rodas de 21 polegadas, caso o interessado neste modelo queira chamar ainda mais a atenção – se isso for realmente necessário.


Impressões ao dirigir

Tentação sobre rodas

Após estudar o novo Bentley Continental GT, chegou a hora de cair na estrada. O test-drive aconteceu na região de Sintra, em Portugal, o que permitiu avaliar o cupê de luxo em estradas menos conservadas, traçados sinuosos e, claro, em auto-estradas. Vale ressaltar que, seja qual for a situação ou a condição da estrada, o modelo comporta-se exemplarmente. Atrás do volante, o motorista chega a acreditar que as imperfeições do solo simplesmente não existem.

O motor também se destaca. O bloco de 575 cv é um verdadeiro “poço de força”. Capaz de garantir acelerações fulgurantes e de empurrar o carro para velocidades bem próximas dos 300 km/h com uma facilidade que impressiona. Da mesma forma, os freios de carbono-cerâmica instalados na unidade testada imobilizam o cupê com toda a eficácia necessária. Já em termos de desempenho, as diferenças entre esta nova geração e a primeira não são facilmente percebidas, pois o Continental GT de 2003 já era um bólido.

O mais notável é agilidade demonstrada por este cupê nas curvas. Tem uma disposição que beira a perfeição para um veículo com 4,8 metros de comprimento e mais de 2.300 kg de peso. O excelente trabalho dos engenheiros da Bentley com a suspensão e a nova afinação da tração integral acabaram com a tendência do modelo “escapar” nas curvas. Isso tornou a condução uma experiência apaixonante – e isso sem abrir mão do conforto soberbo.

Vale ressaltar também o excelente isolamento acústico. No habitáculo do Continental GT só é possível ouvir o poderoso motor W12 trabalhando em alto regime, o que, para a maioria, não deixará de ser uma virtude. O resultado final é um carro tão agradável que faz o tempo voar. O preço para garantir este “brinquedinho” de alto luxo na garagem é que não é dos mais acessíveis. O Bentley Continental GT está à venda na Europa a partir de 273.964 euros, o equivalente a R$ 631,8 mil. Isso sem qualquer opcional. Como se fosse preciso algum.

 

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